terça-feira, 31 de maio de 2011

Certo ou Errado?

Aquela velha dúvida. O que é certo e o que é errado?

Sim, claro que é sempre muito relativo!
Mas assim, você tem certas "regras" em sua vida. Tem certas coisas que você acha errado, outras aceitáveis e outras que são as certas, as que você deve fazer. Todo mundo tem sua forma de ver, isso varia muito de pessoa pra pessoa, mas todo mundo tem suas "regras".
Claro que também, com o tempo, você vai amadurecendo, suas idéias vão mudando e suas "regras" também mudam.

Mas aí, um certo dia da sua vida você se depara com uma situação que você considera totalmente errada! Não, não é nem aceitável. Você acha que aquilo é errado, mas você está dentro e não tem como sair, sabe porque? Porque é bom.
E agora?
O que pensar?
Não é questão de amadurecer a idéia e isso vai se tornar aceitável. Não, não é!
Mas tudo continua a acontecer, continua a ser errado e continua a ser bom.

Se eu fosse religiosa eu acreditaria que é pecado eu gostar de "uma coisa errada" e eu conseguiria parar. O que não é o meu caso!
Se eu fosse uma pessoa caxias, isso não seria nem errado, seria totalmente inaceitável e simplesmente não ocorreria! O que também não é o meu caso! hehehe

A questão toda é que sempre parece que as coisas certas acontecem nas horas erradas.

Se eu fosse religiosa diria que Deus escreve certo por linhas tortas, mas não é o meu caso...

sábado, 28 de maio de 2011

Janela

Ela sentou ali no canto da janela daquela velha casa. O único ponto da casa que dava pra ver uma pontinha do mar. Ela já não era mais aquela menina que se sentava ali pra brincar com suas bonecas e sonhar com o seu futuro. Hoje, de volta àquele mesmo lugar, depois de tanto tempo, ela tinha uma taça de vinho nas mãos e pouca coisa na cabeça.
Sim, pouca coisa, porque a maioria delas já tinha acontecido. A vida tinha dado uma volta completa e tinha trazido ela de volta ao início.
A brisa soprou forte, a pele arrepiou, o vinho já tinha feito sua parte e o dia não tinha sido nada fácil. Ela chorou. Há quanto tempo mesmo ela não se permitia derramar uma lágrima? Há quanto tempo ela vinha vivendo uma vida de aparências?
O vento cessou.
Mas de que adiantou tanto esforço pra sair dali se agora, depois de tantos anos, ela estava de volta?
Mas nada era igual. A casa estava aos pedaços, todos estavam aos pedaços.
Ouviu-se um barulho, ela enxugou as lágrimas. Vinha alguém.
Mas quem eram aquelas pessoas? Ninguém mais era familiar (com o perdão do trocadilho).
E ela se sentiu verdadeiramente só.
A taça de vinho caiu no chão e partiu-se, espalhando pelo chão aquele líquido vermelho feito sangue.
Alguém entrou no quarto. Era ele.
Ela olhou pra baixo, sentiu-se envergonhada. Não pelo vinho, mas por tudo aquilo.
Ele se aproximou, pôs a mão no queixo dela, ergueu seu rosto, olhou bem no fundo dos seus olhos e disse: "Lembra quando eu disse ´pra sempre´? É porque vai ser!"

Ela não se sentiu mais tão só.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Pai

É um tema difícil, pelo menos da forma que eu quero abordar, é sim!
Enrolei pra debater isso aqui, mas agora vamos lá!

Tenho ouvido, nos últimos tempos, muitas queixas sobre os pais. Sempre ouvi, mas nunca foi tão frequente. Mas porque isso? Porque um grande número de pessoas tem uma queixa relevante sobre o seu próprio pai?
Poderíamos passar horas aqui dissertando sobre isso historicamente, mas pretendo ser prática.

A maioria das queixas ronda o mesmo ponto: a ausência.
Ouvi de uma amiga que teve filho cedo, o seguinte argumento: O pai pode continuar a vida dele normalmente depois que tem um filho, a mãe nunca mais será a mesma!
Isso tem a sua verdade e mãe sempre será mãe, não tem discussão! Mas isso não dá o direito de o pai se ausentar.
Talvez essas queixas tenham origem de uma geração de casais divorciados. De casamentos frutos de uma época de ditadura, portanto de pessoas difíceis de definir.
Percebo se repetirem, nos casos de pais separados, os perfis de pais que sequer sabem a idade do seu único filho, dos que sequer ligam nas datas especiais, ou pior, daqueles que negam dinheiro ao próprio filho, muitas vezes tendo condições.
Porque isso gente? Será que isso tem uma pontinha do machismo de uma época em que as mulheres começaram a ficar mais independentes e puderam sustentar seus filhos? Isso seria uma forma de tentar atingir essas mães bem sucedidas?
Não excluo nenhuma dessas possibilidades! Como eu falei, é um tópico difícil e seria possível passar horas aqui escrevendo...
Agora nos resta observar como serão esses filhos no papel de pais. Terão eles aprendido a lição ou irão seguir o mesmo caminho?

Pensem nisso! ;)

terça-feira, 17 de maio de 2011

(...)

É quando você pára e pensa: o que eu estou fazendo?

Mas você não está fazendo nada. As coisas é que estão acontecendo e você não tem como segurar.

E agora?

Bom, agora o jeito é deixar rolar...vai vivendo aí e vê no que dá!

sábado, 14 de maio de 2011

Provocações

Eis que certo dia meu tio-escritor leu meu blog e resolveu me enviar uma citação(designada por ele: provocação) para que meu blog não caísse na mesmice. Só que logo na primeira provocação eu refleti tanto que  ainda não consegui escrever sobre. Resolvi então lançá-la aqui pra ver no que vai dar.

"A proposta é sair do discurso normal, do convencional, e atuar na borda do processo, pegar aqueles elementos que ninguém discute." (Luiz de Abreu, coreógrafo)
Mas o que isso realmente significa? O que é exatamente a "borda do processo"?
Acredito sim que é importante você discutir aqueles elementos que ninguém discute e sair da mesmice. Mas atuar no centro do processo de uma forma diferenciada também é sair da mesmice. É enxergar um fato corriqueiro de uma forma que ninguém mais  vê!
Será que atuar na borda é válido? Será que atuar logo no centro não seria melhor? Ou eu estaria sendo um pouco pretensiosa?
Deixando de ser tão abrangente e restringindo o assunto ao blog, o objetivo deste é mais de desabafo, portanto, são os meus pensamentos meio que "jogados" aqui, como vocês devem ter percebido. Sendo assim, posso abordar assuntos que ninguém discute, mas acho que é mais a minha cara abordar aqueles temas do dia-a-dia, mas dizendo as coisas que ninguém diz, como eu acredito que tenha acontecido no post Cabelos e em alguns outros tantos.
Por enquanto acho que é isso.
Um beijo e um queijo.